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2012 - Livro Vermelho 2013

Prepusa viridiflora Brade EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 09-03-2012

Criterio: B1ab(iii)

Avaliador: Gustavo Martinelli

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG: Marcelo

Especialista(s):


Justificativa

Prepusa viridiflora apresenta EOO estimada em 853,75 km², e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça. Apesar de estar presente em duas unidades de conservação estaduais, estas não dispõem de estrutura que garanta a conservação efetiva da espécie. Incêndios ocasionais e a destruição do entorno dos afloramentos ou Inselbergs onde ocorre resultam em um declínio contínuo da qualidade do hábitat. Assim, foi avaliada como "Em perigo" (EN).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Prepusa viridiflora Brade;

Família: Gentianaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita por A.C. Brade em 1949. Chama-se P. viridiflora por apresentar cálice e corola esverdeados. (Calió et al., 2008). Dados filogenéticos e filogeográficos a posicionaram isoladamente das outras espécies que compõe o gênero (Struwe et al., 2011).

Dados populacionais

Apresenta reduzidas populações, sendo estas conhecidas de apenas três localidades (Parque Estadual do Forno Grande; Parque Estadual Pedra Azul e área fora de UC - margens de rodovia).

Distribuição

Ocorre exclusivamente em regiões montanhosas do Estado do Espirito Santo. Foi coletada entre 1000 e 1200 m de altitude (Calió et al., 2008; Calió, 2011). Foi considerada Rara por Calió; Guimarães (2009), de acordo com os critérios de raridade adotados por Giulietti et al. (2009).

Ecologia

Planta herbácea heliófita, rupícola ou saxícola; ocorre em Campos de Altitude e afloramentos rochosos em áreas altas associadas ao Domínio Fitogeográfico Mata Atlântica. Encontrada com flores de fevereiro a outubro e com frutos em março. (Calió et al., 2008). (Calió et al., 2008; Saavedra et al., 2009; Calió, 2011).

Ameaças

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Incidência national
Severidade very high
Detalhes Os Campos de Altitude da Mata Atlântica sofremcom as atividades antrópicas realizadas em seu entorno e interior. Asensibilidade dos solos, rasos, facilita que processos erosivos entrem emcurso; a remoção da vegetação tampão no entorno facilita a invasão de espéciesexóticas invasoras com alto poder competitivo, que uma vez instaladas, competemdiretamente por recursos com a flora nativa (Martinelli, 2007).

1.7 Fire
Incidência national
Severidade high
Detalhes A maioria dos incêndios que incidem sobre os Campos de Altitude provem de práticas de manejo do solo inadequadas realizadas em seu entorno. Os proprietários rurais utilizam-se do fogo para a limpeza de terrenos para a plantação de culturas, para o estabelecimento de pastagens e para a limpeza de terrenos (Moraes, 2009).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: ​A espécie consta no Anexo II da Instrução Normativa nº 6 de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008) sendo portanto, considerada Deficiente de Dados (DD). Foi considerada Em Perigo (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Foi considerada Em Perigo (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do estado do Espirito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

3.2 Population numbers and range
Situação: needed
Observações: Não existem dados quantitativos a respeito do número de indivíduos e real Área de Ocupação (AOO), uma vez que não se tem precisão sobre as populações.

Referências

- CALÍO, M.F.; PIRANI, J.R.; STRUWE, L. Morphology-based phylogeny and revision of Prepusa and Senaea (Gentianaceae: Helieae) ? rare endemics from eastern Brazil. Kew Bulletin, v. 63, p. 169-191, 2008.

- GUIMARÃES, E.F.; CALIÓ, M.F.; SAAVEDRA, M.M. Gentianaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <(http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB000117)>. Acesso em: 02/03/2012.

- STRUWE, L. ET AL. Spatial evolutionary and ecological vicariance analysis (SEEVA), a novel approach to biogeography and speciation research, with an example from Brazilian Gentianaceae. Journal of Biogeography, 2011.

- CALIÓ, M.F.; GUIMARÃES, E.F. Gentianaceae. Belo Horizonte, MG: Conservação Internacional, 2009. 185-186 p.

- SAAVEDRA, M.M.; FRAGA, C.N.; GUIMARÃES, E.FSTEHMANN, J.R. ET AL. Gentianaceae. 2009.

- STRUWE, L. ET AL. Evolutionary patterns in neotropical Helieae (Gentianaceae): evidencefrom morphology, chloroplast and nuclear DNA sequences. Taxon, v. 58, n. 2, p. 479-499, 2009.

- MARIA FERNANDA CALIÓ. Sistemática de Heliae Gilg (Gentianaceae). Tese de Doutorado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2009.

- GUIMARÃES, E.F. Comunicação da especialista Elsie F. Guimarães, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro(RJ), para o analista Eduardo Fernandez, pesquisador do CNCFlora, 2012.

- MARTINELLI, G. Moutain Biodiversity in Brazil. Revista Brasileira de Botânica, v. 30, n. 4, p. 587-597, 2007.

- MIGUEL D'ÁVILA DE MORAES. Conservação e Manejo de Worsleya rayneri (Amaryllidaceae) - uma espécie de campos de altitude ameaçada de extinção. Dissertação de Mestrado. : , 2009.

Como citar

CNCFlora. Prepusa viridiflora in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Prepusa viridiflora>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 09/03/2012 - 14:34:26